Um bairro que surgiu por força do tráfico de escravos. Nativos eram arrastados a carregar areia do Musseque do bairro para a fazenda Avianense de Lino Gonçalves.

Os Escravos nativos, sentiram-se forçados a morar próximo do local onde a enxada, pás, picaretas e outros instrumentos, eram usados na exploração de areia para edificação de certas infraestruturas da fazenda Avianense na Banza dos Dambos.

No bairro do Musseque só restam lágrimas e lembranças amargas de um mundo onde a esperança se tornou moribunda e o sonho de crescer se tornou inexistente.

No som dos pássaros, ouve-se de longe o clamor do desmoronar de uma história inteira e, nas palmeiras abandonadas, o grito de desespero clamando: nem o colono, nem a guerra, tão pouco a mente atrasada dos autóctones destruíram a Sanzala. Infelizmente, a globalização e a cientificidade com novas técnicas modernas, a fusão do desprezo dos nossos valores culturais e o desrespeito pelos mais velhos conseguiram eliminar uma Sanzala histórica, fundada em 1914. Depois de cem anos (1 Século) veio a ser destruída com assinatura sangrenta da morte de uma anciã carinhosamente era chamada Avó Maria Catambi.

Hoje passando por aquelas bandas só restam lágrimas de saudades e as paredes abandonadas representam relíquias recentes, engolidas pelo fenômeno delinquência.

Nos olhos da anciã chamada Avó Loquina, antiga moradora do Musseque, está com pouco menos de 100 anos de idade, caem lágrimas que descrevem o declinar da humanidade e com sua boca sem dented exclama: “Mwakwetuh yhumba y gimissah hombalah!!? (Minha gente, delinquentes eliminam um bairro histórico que existe há Século!!?).”

A Deus meu Musseque dos Dambos!
Desculpa por não poder te defender.

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